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Keep the dream alive!
Sabes? Ainda me lembro de quando te conheci. Era apenas uma miuda. Tinha dezasseis anos. Os meus olhos respiravam inocência e o meu coração ansiava pelo teu. Lembro-me de como me cativaste; de como me tornei na tua melhor amiga e de como me fizeste ansiar pela tua companhia. Lembro-me de deixar de sair com os meus amigos para estar contig. Exigias cada vez mais a minha presença. E eu, inocente como era, pensava que tudo o que fazias era por me amares e me quereres tanto como eu te queria a ti.
Lembro-me das vezes que me enganaste. Lembro-me de tentar fechar os olhos quando os teus demoravam mais na mulher que passava na rua. Lembro-me das lágrimas que escorriam pela minha cara.
Roubaste-me tudo. Roubaste a minha inocência, a minha juventude, a minha vida.
E pior, deixei que fosses tu a abandonar-me, Lembro-me bem disso também. Lembro-me de me dizeres que já não gostavas de mim como dantes. Que a culpa não era minha.
Mentiste-me mais uma vez. Primeiro porque tu nunca gostaste de mim. Eu sempre fui uma diversão e nada mais que isso. Depois, porque a culpa foi minha. Eu devia ter-te abandonado. Devia te ter pisado e saido por cima de todo este sofrimento.
Mas não. Sofri e chorei mais uma vez. Até que me cansei. Cansei-me de todo este sofrimento e prometi a mim mesma que aquela era a última vez. Mais... Que da próxima vez quem choraria eras tu.
Por isso, por ti, os meus olhos secaram e o meu coração tornou-se duro como uma pedra. Usei tudo e todos para chegar a ti. Mudei. Comprei roupas novas e saltos altos. Coloquei o batom vermelho nos lábios e fui ter contigo. Não me conseguiste resistir. Nunca conseguiste resistir a uma mulher. Fiz com que te apaaixonasses por mim e depois deixei-te. Humilhei-te.
Mas não me pareceu suficiente. Queria que sofresses o dobro do que sofri. Queria-te fazer o dobro do mal que me fizeste.
Quando me deixaste fiquei completamente vazia por dentro.
E foi por isso. Foi por isso que te matei.
Com amor,
Mariana
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